quinta-feira, 19 de março de 2009

quinta-feira, 12 de março de 2009

Sintomas negativos



Mais do que de sintomas, deve falar-se de perda de sentimentos e emoções, visto que o doente não reage aos acontecimentos que deveriam perturbá-lo e não experimenta as emoções que outras pessoas em determinadas circunstâncias experimentam.

O comportamento, torna-se privado de criatividade e espontaneidade ou seja desconexado, dado que, o esquizofrénico começa a manifestar-se.

As relações sociais do doente também diminuem, e a afectividade torna-se menos marcada ou visível.


Assim sendo, denotamos no doente as seguintes situações:

Falta de emoções
Isolamento
Dificuldade de concentração
Apatia, ou estado de total indiferença e desinteresse face a qualquer tipo de estímulo.

Contexto social

Um doente esquizofrénico apesar das suas fragilidades, pode encontrar o seu espaço na sociedade através da reinserção dos mesmos nas/os:

»»
Oficinas de formação profissional;
»» Cursos de formação;
»» Programas temporários de inserção laboral em empresas públicas ou privadas
(bolsas de estudo, estágios, etc.);
»» Inserção em cooperativas sociais.

PAPEL DA FAMILIA



Para o doente esquizofrénico, a família deve ser um aliado do médico no tratamento da sua doença, pois a atitude dos familiares influencia a evolução da doença quase tanto como os fármacos, devendo ser flexível e paciente e adequando-se continuamente às diferentes fases da doença do esquizofrénico.

Mas isso só é conseguido se os familiares do doente receberem uma plena informação sobre a esquizofrenia que lhes permita melhorar a gestão do stress que deriva do facto de ter em casa um doente deste tipo.



O Curso e a Evolução da Esquizofrenia Enquanto Doença



A esquizofrenia é uma doença extremamente grave pois afecta as emoções, o pensamento, as percepções e o comportamento do indivíduo. No entanto a gravidade da esquizofrenia enquanto doença não está tanto no seu diagnóstico, mas no curso da mesma.
O curso da esquizofrenia é variável, Alguns pacientes recuperam-se totalmente, outros têm recorrências sem piora ou apresentam uma piora progressiva e a consequente cronificação.
Algumas características no início da doença são indicadoras de mau prognóstico, como ausência de factor desencadeante, ausência de sintomas afectivos, início insidioso, personalidade pré-mórbida alterada, isolamento social prévio, baixo desempenho educacional, pior ajustamento social, baixa classe social e presença de sintomas negativos. Em geral, quanto mais factores destes estão presentes, mais provavelmente a esquizofrenia terá um curso com deterioração progressiva. Em mulheres, o curso geralmente é mais benigno, com menos hospitalizações e melhor prognóstico. Um possível factor para explicar essas características da esquizofrenia no sexo feminino seriam os esterógenios, os quais atcuariam como protetores naturais.

No entanto existem dois motivos básicos que justificam a falta de segurança sobre o curso da esquizofrenia:


1- Falta de critérios uniformes nas pesquisas passadas sobre o assunto.
2- Dificuldade no acompanhamento ao longo de vários anos de um grupo grande de pacientes. As pesquisas precisam de ilustrar-nos se o que estamos a diagnosticar é uma doença com vários cursos naturais ou se são na verdade várias doenças cada qual com seu curso próprio.




Viver ou Lidar com a Esquizofrenia no Seio da Família

Viver ou Lidar com a Esquizofrenia no Seio da Família

Como: ?

Quando alguém na família tem esquizofrenia, o sofrimento estende-se a todos e muitas vezes tenta-se esconder a doença por causa do preconceito social. Entretanto quando a doença insiste em persistir, os sonhos se desfazem, a preservação da imagem não tem mais sentido porque a doença é mais grave que o preconceito. Assim surge a desesperança junto com a tristeza e o sentimento de perda da vida, da perspectiva e do futuro daquele que adoeceu tem que ser superado. A doença é completamente imprevisível, impõe-se e obriga-nos a mudar de postura diante da vida, diante da dor. A esquizofrenia não pode ser encarada como uma desgraça antes encarada como uma barreira natural para nossos planos e desejos pessoais.

Quando alguém na família possui esquizofrenia é necessário que toda a família mude e se adapte para que aliada a dor e ao sofrimento que a doença causa haja também felicidade pois apesar do cariz dramático que esta subjacente a doença o ser humano é capaz de ser e viver feliz com ela.

Conselho aos pais

Quando um filho tem esquizofrenia é os pais devem:
  • Procurar atendimento médico logo.
  • Procurar aprender sobre a doença para melhor entender o filho em suas necessidades.
  • Estabelecer expectativas realistas para a condição individual do filho doente.
  • Observar e aprender para melhor poder relatar os sintomas.
  • Saber respeitar seus próprios limites: não poderão ajudar adequadamente o doente se estiverem eles próprios precisando de ajuda.
  • Tentar o máximo possível estabelecer uma relação amistosa com o doente, com um objectivo e finalidade estabelecidos.
  • Estimular parentes e amigos de seu filho a estabelecerem uma relação saudável.
  • Comunicar-se de forma clara e objectiva, sem usar meias – palavras ou deixar mensagens subentendidas.
  • Principalmente: ter um ambiente emocionalmente estável em casa. Expressões hostis mesmo que não direccionadas para a pessoa doente afectam e prejudicam o esquizofrénico. Não exercer cobranças sobre ele. Expressar as emoções tanto positivas (alegria) quanto as negativas (raiva) sempre com moderação.